Oi pessoal, aqui vamos compartilhar algumas experiências com vocês, e achamos justo começar explicando o que fez com que nos mudássemos de país, não é mesmo?
Bom, tudo começou em Novembro de 2016, quando o meu marido (Bruno) decidiu se candidatar para fazer o mestrado dele na França. Ele já havia morado um ano aqui (2014-2015), e desde que retornou ao Brasil, estava inconformado com os elevados preços nos supermercados, gasolina, etc. Isso sem contar com a falta de segurança, saúde e educação, que todos os brasileiros vivenciam diariamente, mas parece que quem já morou em outro país (principalmente de primeiro mundo), vê tudo isso com mais nitidez. Não sei, mas é dessa forma que eu penso e sinto isso!
Em Junho de 2017 recebemos a notícia da aprovação da Universidade, e melhor do que isso, foram três Universidades que o Bruno foi aprovado, graças a Deus! Quando paramos pra organizar os pensamentos a respeito dessa mudança de vida, vimos que tínhamos muito trabalho pela frente: o primeiro e o mais importante passo era o visto – reunir toda a papelada, autenticar a maioria dos documentos, comprar as passagens aéreas (Sim, tínhamos que ter as passagens já compradas, mesmo sem saber se eles aprovariam o visto ou não), alugar apartamento à distância (o pessoal do Consulado é bem exigente, e eles exigiam um documento que comprovasse que teríamos moradia aqui), enfim, entre tantas exigências, que compartilharei com vocês num post mais específico, tínhamos muito o que agir!
Logo depois, tínhamos que decidir em relação aos nossos empregos no Brasil. Bruno já foi logo comunicando ao chefe dele a possibilidade de mudar de país, até porque o semestre começa em Setembro aqui na França, e o tempo estava passando rápido demais. E quanto ao meu trabalho? Por querer juntar mais um dinheirinho, além de ter sido convidada pra ser madrinha de uma das minhas melhores amigas (Michele) em Setembro, entramos então num acordo que o Bruno viria antes de mim (em Setembro), e eu viria em Dezembro. E assim fizemos!
Depois disso, o próximo passo foi colocar o carro à venda, e graças a Deus não demoramos a vendê-lo! Assim, seguimos com os planos a todo o vapor, e chegou a hora de comunicar aos amigos e familiares a possibilidade de mudarmos de país… Alguns nos deram força, apoio e vibraram conosco, mas é claro que tiveram os que nos chamaram de loucos. Afinal, éramos recém-casados (nos casamos em Abril de 2017), e iríamos deixar uma casa própria com tudo novinho dentro! Faz parte galera, sair da zona de conforto não é fácil mesmo!
Quando enfim saiu o visto, já quase em cima da hora (o que nos deixou bem ansiosos), Bruno já estava com as malas prontas, e saiu do Brasil logo no comecinho de Setembro. E eu fiquei no Brasil, trabalhando, morando sozinha, numa cidade que eu morava há apenas 7 meses, e com medo né, afinal, eu NUNCA havia morado sozinha na vida e muito menos numa cidade “desconhecida”. Ok, venci o medo, e deu tudo certo!
Nesse meio tempo e “em cima da hora” decidimos que alugaríamos a casa pra complementar a nossa renda, e detalhe, toda mobiliada (o coração sofreu nesse momento). E o que eu faria com as roupas de cama, mesa, banho e utensílios de cozinha? Tive que dar o meu jeito, e me virar nos 30,e detalhe: SOZINHA… Algumas coisas eu levei e deixei na casa da minha mãe e na casa da mãe do Bruno, ambas em Cordeiro (há uns 150 km de distância entre uma cidade e outra). Foi uma correria louca que parecia não chegar ao fim, mas chegou!
Senti um misto de emoções, fiquei eufórica, ansiosa, extremamente feliz, animada, cansada, chorei ao me despedir dos meus amigos (fiz questão de ver cada um deles e ainda ganhei festa surpresa), fora que também chorei horrores com a minha família, enfim, eu guardo com muito carinho cada um desses momentos, e só de lembrar cada um deles agora, percebo o quanto tudo isso valeu a pena! Se tem um conselho que eu dou pra quem quer mudar de país, é: Mudem, e mudem mesmo com medo! É aquele velho ditado né: “Quem não arrisca, não sabe se dá certo.”
Em breve, faremos um post contanto mais detalhes a respeito do visto e muitas outras histórias vivenciadas aqui. Vivam essa experiência conosco! Au revoir et à bientôt!



